Desconstruindo o Normal

Desconstruindo o NORMALTenho visto muitas mensagens e propagandas com o objetivo de tranquilizar as pessoas neste momento de distanciamento e isolamento social provocados pela pandemia da COVID-19. Eu mesma enviei várias, inclusive no período de Páscoa.

Mas o que mais me chama a atenção são aquelas mensagens que dizem que além do “vai passar”, tudo vai “voltar ao normal”. Eu queria poder perguntar: “O que é NORMAL?” e “Você acha, mesmo, que, antes, era tudo NORMAL?”

Você acha, mesmo, que, antes, era tudo NORMAL?

Assisti, há algum tempo, uma palestra sobre ética do sempre sensacional Mario Sérgio Cortella em que, em dado momento, ele deu um exemplo pessoal do quanto nós nos acostumamos com o que não é bom ou certo e acabamos até por gostar do que é ruim ou errado.

Todo mundo sabe que o rio Tietê que corta São Paulo tem um cheiro péssimo que se sente a quadras de distância, e mais ainda dependendo do clima (quando fica muito tempo sem chover, no inverno, o rio “fermenta” e o ar fica quase irrespirável). Cortella relata uma volta de viagem com a família, de carro, quando, ao sentir o fedor do rio, ele comenta, em voz alta com a mulher e filhos: “Ah, que bom, estamos chegando em casa!”.

Então, meu desafio para você, agora, é exatamente pedir que pense melhor sobre esse “voltar ao normal”.

Então, meu desafio para você, agora, é exatamente pedir que pense melhor sobre esse “voltar ao normal”.

Sim, a chegada da pandemia tornou nossas atividades, compromissos, responsabilidades, nossas vidas, num pandemônio! De uma hora para a outra tivemos que deixar de fazer uma série de coisas e passar a fazer outras tantas que não estávamos prontos, que não queríamos, que tínhamos delegado, nas quais já nem pensávamos mais para poder dar conta das nossas rotinas insanas. E, ao mesmo tempo, nos demos conta que nem tudo é tão ruim.

E, ao mesmo tempo, nos demos conta que nem tudo é tão ruim.

Ou você vai me dizer, olho no olho, que está morrendo de saudade de passar uma hora e meia no trânsito para ir para o escritório ou duas horas para voltar para casa? Que é muito melhor acordar às 5 horas da manhã do que às 6 e meia para conseguir estar às 8 horas a postos no serviço? Que acha que era muito melhor só ver seus filhos acordados nos finais de semana? Que quer urgentemente voltar a usar meias e sapatos fechados (ou salto alto) para trabalhar?

Ah, sim. Com certeza você não quer continuar a ser responsável por ensinar as matérias escolares para seus filhos, até porque, vamos falar sério, não lembramos mais, não temos nem didática, nem técnica, nem paciência para isso. E esse negócio de ter que trabalhar em home office e ainda dar conta de cozinhar, cuidar da roupa, organizar e limpar a casa e ocupar as crianças e o cachorro que não podem sair de casa está chegando no limite do que podemos suportar.

Mas, se pararmos por alguns minutos, se conseguirmos silêncio interno suficiente para dar atenção a nós mesmos e ao que temos vivido…

Mas, se pararmos por alguns minutos, se conseguirmos silêncio interno suficiente para dar atenção a nós mesmos e ao que temos vivido, com certeza teremos respostas interessantes para outras perguntas que podem transformar nossa maneira de viver e a maneira como o mundo funciona:

  • O que você gostaria que NÃO VOLTASSE ao que era antes?
  • O que você passou a fazer DIFERENTE e quer MANTER?
  • O que você APRENDEU para sua vida?
  • O que pode MUDAR daqui em diante na maneira como o MUNDO funciona?

Se você quiser conversar comigo e responder as quatro perguntas, sem se identificar, pode acessar aqui: bitly.com/desconstruindooNORMAL.

Eu pretendo discutir nove pontos que podem mudar para melhor na maneira como vivemos e que o mundo funciona. Mas isso envolve mudança nos nossos conceitos, em determinados valores que nem fomos nós que quisemos, mas com os quais foram criados:

Mas isso envolve mudança nos nossos conceitos, em determinados valores que nem fomos nós que quisemos, mas com os quais foram criados:

  • Trabalho
  • Estudo
  • Consumo
  • Saúde
  • Economia
  • Dinheiro
  • Lazer
  • Casa
  • Relações

Se quiser falar sobre a sua percepção a respeito desses nove pontos, antes mesmo que eu comece a falar sobre eles (ou depois, se preferir), entre em contato por mensagem ou pelo meu e-mail. Quem sabe escrevemos a quatro mãos?